Taeyeon segue a desbravar o universo com a reflexiva 'Fine'.


Quando a excelente I Got Love saiu, Tae disse se tratar de um presente aos fãs. Não podemos negar esse fato quando avaliamos que ela nem foi lançada em formato digital, o que deu espaço para outros artistas brilharem no topo dos charts, que certamente seria dominado pela soshi leader impiedosamente caso a SM tentasse ganhar mais algum dinheiro com ela.

Mas a misericórdia acabou. Com seu recém-liberado LP, Tae já pegou todas as posições iniciais de assalto, e encabeçando o álbum, temos Fine. Confira:


Novamente uma sonoridade extra para a conta da camaleônica Teieão. A diferença sônica, aliás, até justifica o não lançamento digital de IGL, pois seria um hype prejudicial ao release principal, completamente destoante. E Fine não precisa disso.

Tendo como cerne o Pop Alternativo tipicamente teen e melodramático que marcou a metade inicial dos anos 2000 (pense aqui em Michelle Branch e Kelly Clarkson), Fine é uma balada depressiva sobre as dores de uma ruptura amorosa. Não sou grande fã de letras que expõem o sofrimento feminino perante o fim de relacionamentos, mas o arranjo e execução possibilitam mais elogios do que o texto sugere previamente.
taeyeon my voice fine snsd girls generation kpop gif

Tae já "zerou" o gênero de ballads convencionais várias vezes, antes mesmo de ter seu debut solo, com faixas de osts; posteriormente, torna-se redundante falar dos sucessos Rain (leiam esse post. Foi dos primeiros que fiz, quando o blog nem era centrado em Kpop, e eu era muito desconfortável e bocaberta) e 11:11. Então, é refrescante ver uma nova abordagem do tema através de Fine, mas sem desperdiçar o incomparável talento de quem a entoa (nem há como, arrisco dizer). Conforme a canção avança e a letra discorre sobre a angústia que a Idol sente, incurável pelo tempo, ao invés de seguir a estrutura melódica e melancólica que o estilo clama, o contraste do crescendo confere uma ótima distinção do padrão, potencializado pelos potentes e consistentes high notes da Tae, sem jamais perder a natureza emotiva da proposta. É um chamativo a mais, por mais que já saibamos das suas virtudes.

Claro que a avaliação do todo não dispensa uma boa dose de biaísmo. Sei qualificar e analisar separadamente entre meu amor pessoal e a qualidade final, mas para o MV, ver Taeyeon é o suficiente. Facilmente reconhecível como o universo SM de MVs com temáticas moribundas e suas tradicionais cores foscas, a história, que parece se passar em retrospectiva na mente da cantora enquanto essa lamenta e revive o passado, é bonitinha e com alguns truques criativos na edição, mas o grande diferencial, assim como tudo em que seu nome se insere, está em Kim Taeyeon.

Como é bom quando alguém que você quer elogiar fornecer mais e mais argumentos e motivos para isso.

Agora só falta um indie (bem Mallu Magalhães, imagina?) e um rock. Ajuda a gente, SM.
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