Com Secret, Cosmic Girls consertam tudo que erraram no debut.

Capa da Luda porque ela é tão lindinha e só aparece 3 segundinhos no mvzinho.
O debut do WJSN não merece ser rotulado de ruim, mas isso não é algo positivo, pois tampouco é bom. Foi um início inócuo, genérico e esquecível, longe de ser algo memorável a ponto de criar uma reputação imediata para as meninas

Talvez isso tenha me deixado numa má vontade tremenda, pois ao escutar Secret, da primeira vez, pouco me chamou atenção, e ao término da faixa, apenas fechei a guia. Nem me dei ao trabalho de conferir detalhadamente o MV. Um grande equívoco.

Passados alguns dias, de certa forma acidentalmente, reouvi a canção e a experiência me foi outra, e de forma extrema. Simplesmente adorei Secret.

Iria deixar apenas o comentário do pacotão para ela, mas minha opinião sobre cresceu tanto, que decidi dedicar um post solo, mesmo que já tenha se passado algum tempo do lançamento.

Confira:



Que instrumental gostoso! O music box cria uma simbiose única com os sintetizadores pós-introdução, o que já a difere da maior comparação possível - Lovelyz, que até Destiny, usava sintetizadores com arranjo inocente para ressaltar a postura Kawaii das garotas.

As garotas cósmicas, na contramão da tendência, evitam cair no White Aegyo, por mais que um vislumbre inicial transmita essa impressão, já que o vestuário branco é condizente com áureas puritanas. Entretanto, a música segue um caminho que é exatamente o que eu esperava de Oh My Girl após Closer, qual elas infelizmente se desviaram. Secret é uma track místeriosa e etérea, e faz isso sem "corromper" a reputação das meninas. As produtoras, hoje em dia, parecem considerar que só é possível ou ser sexy, ou virgem. Há muitos termos cabíveis aí no meio, e o synthpop maduro midtempo é um deles, possuindo características dançantes sem deixar de ser uma escutada cotidiana igualmente agradável. E acompanhando a backing track, temos os "Aniya" e outros encerrar de frases com vogais abertas que garante o grude, e assim, o replay power.

Já o MV é concorrente a melhor do ano. Ao contrário de MoMoMo e Catch Me, a Starship finalmente soube explorar o fantástico conceito espacial que dá nome ao grupo, com uma fotografia linda, cheio de referências místicas e extra-terrestres, como os monólitos, a gelatina simbionte, as representações do zodíaco e em níveis mais Pop, a Dragon Ball Z e De Volta Para o Futuro.

É uma pena que o excesso de integrantes - 13 com o acréscimo de Yeonjung - acabe por não dar destaque suficiente para nenhuma, o que dificulta criar empatia por alguém especificamente - ao menso temos o Weekly Idol para isso. Também acho injusto que a recém chegada do I.O.I tenha consumido a maior parte do tempo em tela, relegando algumas à participações pífias - Luda, por exemplo, aparece foquin 3 segundos. Superestimaram demais a fama das vencedores do Produce 101


Mais uma pérola subestimada de Shindasong Tiger, esse Secret é deveras superior ao Station da Pantene, e espero que seja uma virada definitiva pro Cosmic Girls.

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