Fundo de Quintal Awards - A Maior Premiação da Música Asiática


Você, que não aguenta mais se decepcionar com o MAMA. Você, que não aguenta mais os EXOS e BTESSES falarem "Ain, mas eu tenho Daesangs" e não sei quantos Raul Gils.

Chegou a hora da reviravolta, pois nós, os blogueiros de fundo de quintal, nos reunimos para criar uma nova dinastia nas premiações do Pop Asiático.

O Delírios da Madrugada, juntamente ao AsianMixtape, Asia On Fire, Esquadrão Lunático, Maimyu, The Misconceptions of Myself, Whatever Music e Why, Dougie?, criaram o Fundo de Quintal Awards Ltda para brindar os melhores e piores que ouvimos no leste asiático neste 2017.

São umas quantas (pra que contar?) categorias que representam Kpop, Jpop e Mandopop, entre músicas, álbuns e Idols, com resultado previsto para dia 21/12, horário do Pacífico.

Se você quiser pular minhas divagações sobre as prediletas, vá ao fim do post, onde está a enquete para votação. Se não, lá vamos nós!

Melhor Debut é, disparadamene, Dreamcatcher. Tive esta convicção rapidamente, e ela seguiu inabalável em todo 2017, em parte pela fraca concorrência, mas também por méritos próprios, contando com dois comebacks de bom nível. Melhor coreografia fico com Red Flavor, apesar de outras que merecem nota, como Excuse Me e Gashina, no feminino, e Shangri-la e Taemin, entre os ticos. Os companheiros escolheram bem.



Já em melhor b-side japa, não hesitei para ir com Genghis Khan, do Wednesday Campanella. Eu demorei mais que o habitual para cair nas graças do grupo, mas hoje em dia não consigo conceber uma realidade onde eu não os apreciava. No excelente Superman, o que me fez escolher a faixa que leva no título o nome do mais lendário conquistador Mongol, é a síntese sonora do trio que discorre em seus minutos, o pop eletrônico minimalista que soa como uma viagem atemporal e onipresente ao todo. Por valores estéticos acima dos simbólicos, seu MV de Melos é também minha escolha para vídeo de Jpop - e não vi muitos, confesso.



O artista só muda no Jpop quando entramos em melhor álbum, em que apesar de ter amado o Super Man, fiquei com o Unwrapped, do Faky, divertido e pulsante em sua integridade. Conciso e sem pleonasmos musicais. A confiança no que se entrega é a melhor chance de acerta a proposta, e elas conseguiram.

Melhor anime song fiquei com a abertura do melhor anime dos últimos anos - Here, de Junna, do tocante Mahou Tsukai no Yome, que interpreta bem a tonalidade mística, dramática e celta da obra.

No Madopop, reino que pouco sei, a escolha de When The Wind Blows, da Yoona, para melhor single, se dá pelas limitações de experiência, mas não deixa de ser uma balada eficiente, em terras onde Yoona expande assustadoramente sua marca. Se eu conhecesse essa música até alguns dias atrás, entretanto, a escolha seria dela. Mas tive de respeitar o trabalho de edição do menino Sowon.



Agora entramos no reino que a maioria de vocês espera, o do Kpop. Abrindo com melhor solista/co-ed, contando com concorrentes de peso, minha elegida é alguém que pareceria improvável anos atrás - Suzy, com seu debut solo, Yes No Maybe, que inicialmente parece incompatível com a imagem da Idol, mas desnuda camadas desconhecidas do superficial. Com referências cinematográficas de Wong Kar Wai, é um dos melhores conjuntos audiovisuais do ano e merece respeito.



Melhor b-side fico com uma que deve ter passado despercebida por muitos de vocês, que é Night And Day, do Lovelyz, que teve na péssima escolha do single WOW um fator prejudicial às promoções do álbum completo. Entre as tracks, é esta pérola de bossa nova, de arranjo melancólico e com espaço para os vocais se sobressaírem, que me atiça os mais intensos sentimentos de todo 2017, e por isto está aqui.

O ano para Realitys foi fraco, e até por isto fico com Deep Blue Eyes, que ao menos é uma farofa honesta de bom gosto, por mais que não tenha frequentado meus ouvidos tantas vezes.



Red Velvet vota à tona em Melhor MV, pois a esquizofrenia cartunesca de Rookie não pode passar despercebida, e como não a pude eleger em melhor single feminino, a presença é obrigatória. Ainda na SM, é óbvio que eu fico com o grande My Voice, de Taeyon, para melhor álbum do Kpop. Versátil, eloquente e sensorial, faz jus ao talento de um dos maiores ícones do Kpop, com alguns momentos de brilhantismo.

Melhor escândalo fui com a resolução do caso T-ara, por findar uma das polêmicas mais nocivas e prejudiciais do Kpop, permitindo às meninas um fim em paz com o universo. Na questão Idol, não há concorrência. Iago Aleixo certamente copará.



Pior música ruim está na linha tênue com melhor música ruim. A distinção é um tanto quanto pessoal, mas reside na pretensão e tentativa. Nisto, My Swagger é um ultraje. Os caras já provaram saber fazer algo bacana. Possuem boa fanbase, integrantes carismáticos. Mas isto é como colocar o Temer pra apresentar o Telecurso. Não faz sentido. Ao contrário de Ko Ko Bop, carinhosamente apelidado de Co Co Flop, um reggae do maneiro que mostra como a SM não tem muita ideia das coisas. Fosse de outro grupo, seria magistralmente esquecida. Mas os EXOtics engolem tudo, como todo fandom maluco (sem ofensa), e na exposição, passei a curtir também. Assim como Power - serião.



Todo mundo curte uma farofa, que deve ser descompromissada e assumida, e na leveza deste conceito, a debutante Chungha se destaca do emaranhado restante das ex-IOIs. Seguindo na juventude, o melhor release do Loona foi complicado de escolher, então fico entre Eclipse e New. Uma já se desgastou pelo tempo, mas sua classe é inesquecível, enquanto outra ainda é escutada com recorrência, e não reclamaria se alguma delas vencesse.

Consolação vai pra Seoul, do excelente LP de Lee Hyori, que é recheado de boas canções, mas não necessariamente as melhores em suas categorias, apesar de nivelado muito por cima. Não votei em melhor música de velório pois os queridos amigos esqueceram de me avisar da existência da categoria, que inclusive não foi incluída na enquete oficial pelo gênio master, Sowon, certamente pelo excesso de tarefas na edição dos vídeos, e não por me odiar.



Agora aos três finais, que elegem os melhores singles do ano. No Jpop, fico com o Flower, que após alguma irregularidade, voltou ao topo com Taiyou No Elegy, que resgata seu espírito etéreo no melhor estilo. E resgatar também o verbo para o que fez o SuJu na classuda Black Suit, provando que os veteranos ainda têm muito a que se provar, desde que sobre algum integrante até lá, o que tá complicado em meio às polêmicas incessantes.



E para encerrar, o melhor girlgroup do ano, Red Velvet, possui também o melhor single. Mas ao contrário do que vocês possam imaginar, não é Rookie, e sim o Peek-A-Boo, que, vejam bem, resgata o lado Velvet e entrega, discutivelmente, o melhor trabalho delas, em meio a uma discografia desigual, mas invejável.



Voteen!


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