Desculpem o atraso, Delirianos. Dispenso os detalhes da omissão, então vamos diretamente ao centro do foco: a votação das melhores faixas de Junho, um mês de qualidade destoável - para o bem. Print da votação na hora do fechamento.
BoA voltou às raízes e...flopou. Juntamente a outra senhora da velha guarda, Lee Hyori, mostrou que ainda tem muito a demonstrar. Infelizmente, o público não parece se importar...
Comeback simples, viciante e entupido de carisma. BlackPink não engrena na Coreia, mas já tem minha atenção garantida.
3 Day6 - I Smile (133 Votos)
Ok, quem foi o responsável por isso?
Não que seja uma canção deplorável. Longe disso. Entretanto, fora do fandom, lhe falta magnetismo para viciar e atrair ao staneamento grupal. Pelo que lembro, o Day6 costuma aderir a maior agressividade em seus arranjos, o que espelha a jovialidade inquieta dos integrantes e seu público alvo. A dramaticidade melódia de I Smile, então, soa como uma b-side comum do FTIsland. Não ruim, reforço, mas comum.
2 Hyoyeon - Wannabe (160 Votos)
Então...não deu. Como perceberam não havia comentado a música até aqui. Acho a postura da Hyo nesses solos condizente com a imagem que ela passa musicalmente, mas isso não a confere um álibi para receber laureamentos nessas bagunças generalizadas. Em Born to be Wild até funciona. Mas dessa vez o instrumental pesou demais. O próprio vocal dela soa alterado em meio à cacofonia beligerante. Uma algazarra intragável.
1 Stellar - Archangels of the Sephiroth (207 Votos)
Outra que não recebeu monumento particular. Eu gosto do Stellar e o histórico delas neste blog dispensa suspeitas. Mas, assim como Wannabe, não deu, e por razões minimamente idênticas. O refrão. De volta ao reino da semiótica sexual após uma pausa refrescante em Crying, o conceito adotado para o comeback é verdadeiramente instigante. Árvore da vida, Sephiroths, o Cabala. Assunto que entendo razoavelmente devido a Evangelion. Os elementos turcos da backtrack corroboram para um climão misterioso e macabro da trama, mas no fundo, a alma pop do release anterior parece usurpar a atmosfera sombria de Archangels, e com isso toda sua imersão.
E infelizmente, aqueles poucos segundos enterram o impacto. A nova integrante, aliás, é apagadíssima. Ainda não sei se por descostume ou falta de personalidade, mas acrescentou em nada além da trama do MV.
E aos que ainda não viram, o código mostrado no vídeo leva a isso.
Nem eu sei dizer direito como curti tanto isso aqui. Em teoria um rap dinâmico de boa "aderência" e harmônico no troca-troca entre os vários nomes envolvidos, ele traz, como tudo que tem o nome de Yezi fora do Fiestar, a aura do underground libertário; pulsante e septicêmico, e ainda assim, degustável em âmbito geral.
3 Bolbbangan4 e 20 Years of Age - We Loved
O Bolbbalgan se tornou tão fiel em seu conceito que poderia ser considerado uma banda previsível. Mas funciona como se fossem pioneiras celestiais. We Loved é uma balada acústica que não se distingue elementalmente, mas é na simplicidade dos vocais que alcança o status do esplendor. E a participação do 20 Years, ao contrário do padrão em que esses feats costumam prejudicar a experiência, apenas acrescenta na suavidade de seus sussurros.
É animador que as gurias venham fazendo tanto sucesso, o que garante uma continuidade de carreira que anseio muito em acompanhar.
Eu gostei tanto dessa música, que me prestei a baixá-la e transferir ao celular em MP3. Pode parecer besta, mas quando eu faço isso, é porque realmente quero ouvir algo, visto que o Spotify costuma ser o aplicativo ideal e conveniente para execução sonora.
Mesmo que tenha dado uma enjoada nos últimos dias, o histórico me obrigado a colocar o debut da ex-IOI em posição de destaque, pois o Tropicalzinho me contagiou inesperadamente.
1 Suran feat. Dean - 1+1=0
Excelente ano para Suran. Após atrair olhares com Wine, faixa produzida pelo Bangtan Suga, lançou seu próprio álbum, liderado por esta 1+1 = 0, colaboração com o usualmente xarope Dean, que trabalha muito melhor como coadjuvante do que protagonista em qualquer produção que participe. Dito e feito, seus relapsos esporádicos funcionam bem na química com a voz roufenha e única de Suran, que a possibilita um futuro grandioso. Junto ao instrumental leve, o R&B-hip-hop característico dos dois deixa de parecer a prepotência típica do que o artista se envolve e transmite por osmose a mensagem anti-excesso de trabalho do divertido MV.
Em vocabulário gringo, it's funky and groovy.
E é isso, meus queridos. Segunda é minha última prova e nas férias tentarei não lhes ser tão ausente.
Buy Red Flavor on Itunes.
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