Sistar tem despedida agridoce que salienta a lacuna deixada pelo grupo.


Como vocês todos devem saber, ontem a irmandade teve seu último single. As atividades promocionais ainda seguirão, mas o prazo de validade está exposto para todo mundo ver. Mesmo que 2017 já seja um ano apocalíptico e traumático para Girlgroups, o fim do Sistar é o primeiro que podemos taxar de inesperado, pois o grupo ainda ostenta um status respeitável e vendagens bem acima da média. E o corpo das integrantes permite com folga a amostragem sexual que marcou a trajetória do ato. Mas se é o que elas decidiram, tem de ser respeitado. E melhor assim do que se despedir rancorosamente tendo muito a apresentar, mas sem ânimo para seguir lado a lado com uma empresa negligente.

Então, Lonely:


Musicalmente, não é uma canção que relacionamos ao estilo estabelecido pelo Sistar; aí você pode entrar no debate se seria apropriado finalizar sua carreira com um upbeat sensual de veraneio, a pura essência do Sistar, ou com um ritmo mais compatível com o contexto. Não vejo problema em nenhum dos lados, desde que seja uma música boa. E Lonely é.

Se a intro lembra imediatamente Goodbye, do 2NE1, também um last single, as comparações acabam por aí. Difícil ter reminiscência de algum grupo que encerrou em tamanho nível, no mínimo digno com sua história de sucesso, e ainda entregando uma camada que sustenta a versatilidade e o carisma das meninas, que facilmente poderia se estender por ao menos mais dois anos. 

Sim, o Sistar já trabalhou com midtempos, mas não com essa evocação tão melancólica, mesmo Not Gone Around Any Longer. Não sei bem a relação das 4. Tenho a impressão de que a eterna predileção descarada por Hyorin desagradou as outras gurias que, neste estágio da vida, não veem sinais de mudança e resolveram investir em outros aspectos sem a coadjuvaria limitante do que elas pensam serem capazes. Mas se a imagem sempre foi amistosa durante a jornada, ela diz adeus da mesma forma. 

Rolou até uma distribuição mais justa dessa vez. E os shorts atochados ainda estão lá para não desvirtuar completamente o espírito. Nunca fui um fã, mas é, de fato, triste.  

Enfim, elas deixam um legado grande no K-pop. Boa sorte e obrigado.

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