Ou eu não gosto mais de Kpop ou o Fevereiro tá brabo. K.A.R.D incluso.

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Depressivos.

Lamentável a situação atual deste que vos escreve quanto ao regozijo frutífero de apertar um play e degustar de uma harmônica viagem pelo universo musical.

Digo essas verborragias pois, Jesus, o Fevereiro tem testado minha paciência como fã do Pop Coreano. Mais que qualquer mês do criticado 2016.

MelodyDay, Block B, NCT Dream, SF9 e tantos outros comebacks tiveram variados graus de aprovação popular. Não gostei de nenhum. Curiosamente, as únicas que aprovei até aqui foram justamente as meninas do Veludo Vermelho, que tiveram em Rookie seu trabalho mais controverso e reprovado pelo povo. Ao contrário, me encontro cada vez mais viciado em sua cacofonia insana.

O K.A.R.D, KARD para preguiçosos, teve seu primeiro comeback pré-debut (pelo amor essas empresas) hoje. E entre salvarem o K-pop ou entrarem no saco das esquecíveis, eu preciso de um novo envelope:



Eu me sinto basicamente culpado por não ter amado isso aqui como uma mãe ama o que sai de seu útero. É incrível (incrível mesmo) como abraçaram o co-ed da DSP. Neste momento, a tag #KARDDontRecall está em primeiro no twitter mundial e nacional. Adotaram o quarteto com uma boa vontade que poucas vezes já vi entre fanbases distintas agora ungidas em união. Acho bonito isso, é claro. Algo quase inédito.

Porém, também considero inexplicável. Minha impressão de Don't Recall é quase a mesma de NaNaNa. Dancehall continua saturado, dessa vez defasado, pois não tem estado tão em voga assim, mas é igualmente cedo para revisitá-lo.


E, pior, a sintonia entre ambos os sexos ainda soa descompassada, o que basicamente sabota o conceito de uni-los. É estranho, pois individualmente, as vozes são distintas e bem encaixadas à melodia. Assim, não deixa de lembrar uma mescla feita através de algum programa caseiro de edição fanmade, e não de jovens compartilhando um mesmo rótulo comercial.

Musicalmente falando, o rap aqui é mais onipresente e notável que NaNaNa, que era quase puramente tropicaliana. A batida também se sobressai. Com a estética geométrica a abstrata dos cenários e as club colors dos filtros, me parece claro que a DSP tenta incutir um certo sexualismo, um clima lascivo aqui. No entanto, este conceito quebra-se justamente pela separação que parece haver entre os integrantes. É uma química inexistente que gera uma teoria fria.

E frio também é meu sentimento para com eles. 

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