BTS aposta no seu melhor lado pra triste 'Spring Day'.

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Boygroups fanatics, estão aí? Algum segue este blog? Acho que as imagens do sidebar e do header deixam bem claro qual a predileção deste blog. Além disso, o último post solo pra ticos foi em 14 de Dezembro, pro BigBang.

De fato eu não gostei muito de nenhum release de garotos lançado desde então. E agora, volto ao reino dos homens para comentar BTS, assim como tinha feito em Blood Sweat & Tears. Isso significa que eu sou um Army? Que sou cada vez mais fã do BTS?

Não, não é pra tanto, mas se tem uma coisa que Spring Day me permite dizer, é o que os Bangtan são, talvez, o ato masculino mais interessante de se acompanhar hoje em dia (não se ofendam, stans de outros atos, pois isso não os desmerece).

O que me impede de apreciar mais os rapazes é a sua ambiguidade conceitual. Como o Red Velvet das antigas, o BTS possui uma linha mais alternativa, como a própria Blood, I Need U e Save Me, mas seus maiores hits estão na linha genérica e padronizada de Fire e Dope.

Pesa contra o fato de que a fanbase parece adorar quando os meninos abraçam o lifestyle gangster. Artisticamente, no entanto, suas metamorfoses alternativas são muito mais interessantes de se acompanhar. Felizmente, Spring Day segue essa linha. Confira:


Morte. Eu não li teorias, meus companheiros. Deixo pra fanbase rodar a música ao contrário e analisar frame por frame atrás de ligações. Porém, mesmo de cara, na primeira assistida, fica explícito o tema embutido na letra e vídeo. Provável até suicídio, já que Suga comenta querer apagar as memórias pelo que o referenciado sujeito fez. 

O main-hit deve vir semana que vem, na farofenta Not Today, e acho que é justamente isso que permite eles lançarem algo mais profundo e indie assim previamente, totalmente desconectado com o mercado mainstream, até mesmo em comparação com suas canções passadas. A melodia (que teve participação do Namjoo, pelo que dizem) é lírica e triste, sensações bem transmitidas vocalmente pelos integrantes e pela taciturna backtrack, que caminha entre passagens eletrônicas, de rock e até de ballad sem deixar de lado o clima de melancolia.
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A estabilidade rítmica, entretanto, tem o revés de não trazer a catarse que Save Me e Run continham. É condizente com a trama introspectiva, mas talvez em excesso. Quase uma b-side. E se me pedissem, diria que o membro não mais presente no nosso plano é Jin ou V. O primeiro por aparecer durante os versos de RapMon, enquanto este diz sentir falta de alguém, e o segundo por ser frequentemente filmado sozinho, como se separado dos outros, observando. A BigHit, a despeito de sua estrutura acanhada, tem acertado nos aspectos técnicos para promover seu Midas. A direção e montagem do clipe são inteligentes em não deixar a interpretação fácil, com vários cortes e cenas sugestivas de qual a verdade. Isso contribui para o clima de mistério e envolvimento. Muitos podem dizer se tratarem de ambições pretensiosas, mas acho uma abordagem válida e criativa. Se alguém sempre acha a resposta, ela é acessível para os mais pacientes e perspicazes. 

Assim, eles se encontram num meio termo, longe de instigarem a vindouros releases, mas certamente dignos de (crescente) atenção. 
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Keanu Reeves. 
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