Eu absolutamente não desgosto de nenhuma faixa lançada por Ailee desde seu debut, assim como também não adoro absolutamente nada.
Entre upbeats e downtempos, 'Don't Touch Me' é certamente o lead single que mais me agrada de seu catálogo, sendo as outras trilhas aleatórias de Dorama.
E este é o grande problema, pois os comebacks oficiais da artista costumam ser aquém do que OSTs chorosas de novelas coreanas. Há algo errado nisso, pois Home, seu novo release, segue a mesma linha:
Quando Ailee disse que Home seria uma mudança em seu estilo normal, sendo uma letra romântica e sentimental ao invés do usual, quando costumava retratar dissidências e confrontos, imaginei que talvez fosse a hora de voltar a se empolgar com a voz divina que tanto empolgou em início de carreira, o que lamentavelmente não ocorre.
Conceito alternativo ou não, Home segue a linha madura que ela tanto gosta - afinal, kawaii concept aqui não rola, amém -, com as amostras corporais generosas e a paleta dark que com certeza vai atiçar os knetizens dementes com referência em corpos raquíticos para chamá-la de g-o-r-d-a.
Por comparação com seu último retorno, o LP 'Vivi', em 2015, Home é facilmente superior a 'Mind Your Own Business' e 'Insane', mais por demérito destas do que a qualidade de Home - não são ruins, porém, nada excepcionais, típico nota 7 que você esquece após alguns dias. A impressão é que ela está no automático, o que é uma pena visto que sua voz é exuberante. Nem mesmo o acréscimo da excelente Yoon Mi-Rae acrescenta algum charme ou plus na experiência, sendo que seu rap é o mais básico possível.
Eu tô me sentindo um tio velho ultimamente, sempre reclamando das coisas. Mas acreditem; me dói a alma ter de dedicar este espaço e usufruir de vossa boa vontade para redigir textos pouco animados. Por mim, estaria sempre no clima Happiness de quado escrevi sobre Why.
Para levantar o espírito, vos deixo com este clássico esquecido do universo:
Mas Carlos, tu vai falar sobre SHINee?
Será?!?!?!?!?!?!
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