Top 30 Melhores Músicas do Primeiro Semestre de 2016: 30º - 21º



Bem, caras, a enquete perguntando se eu deveria ou não fazer Top do primeiro semestre encerrou (e eu exclui sem tirar print), mas foram 36 votos a favor e apenas um contra. Fico emocionado com o desejo de vocês por quererem saber minha opinião - ou não - acerca do que rolou de melhor no capope nesses seis meses iniciais de 2016, ainda mais se levado em consideração o fato de que só comecei a escrever sobre o pop coreano em janeiro.

Eu dei uma postergada no processo de criação por motivos de final de semestre na faculdade, preguiça, tempo pra ouvir alguns Nugus e deixar o post mais completo possível, e finalmente, porque tive de sair capturar alguns Pokémons por aí, mas agora que a Nintendo miserável bloqueou o jogo no país, acabaram-se as desculpas.

Se tem algo que quase todo kpopper tem reclamado é como o ano tem sido fraco, o que não é bem verdade. Está nitidamente inferior a outras épocas, mas não ruim. O excesso de White Aegyos, disbands de grupos clássicos, duetos melosos e R&Bs inócuos formaram uma tendência preocupante, mas em meio a isso - e por vezes até entre essas tendências -, podemos encontrar coisas bem bacanas.

Here we go!
30. EXO - Monster


Monster é um marco neste blog. É o primeiro post de um boy group que faço, e a primeira vez que eu meio que gosto de uma farofona do EXO. Não me venham com Overdose, Growl ou Wolf, o mainstream mais agradável deles é Call Me Baby, justamente a que mais se difere das mencionadas previamente.

É curioso, então, que Lucky One, com uma sonoridade mais alternativa e arriscada do lugar comum dos garotos, seja tão monótona e enfastiante, ao passo que Monster, no estilo bad boy que todo ato masculino adora lançar, funcione tão bem. Uma farofinha bem executada pode muito bem ser melhor que buscar inovar sem inspiração ou competência.


29. Hyosung - Find Me


Na época que Find Me foi lançada, o K-pop 2016 estava uma verdadeira bagaça. Acho que não dava pra somar 10 músicas realmente decentes até então, o que talvez me tenha feito superestimar a qualidade dela no post solo. Mas independente dos superlativos usados por minha pessoa, Find Me continua como uma boa track, apenas não tão boa quanto o proporcionado pela baixa competição que boicotou meu critério na época. 

Um Dance Pop sensual lançado nessa era de inocência é raro. Um bom então... Por isso louvemos Hyosung, com seu corpo escultural e as coxas generosas. Bem que o Secret, caso não acabe, poderia aprender alguma coisa com esses lançamentos de sua vocalista principal.


28. Produce 101 (Girls On Top) - At The Same Place


Quando At The Same Place foi perfomada, a galera ficou polvorosa pela quebra na tendência R&B, mas nós, inocentes, mal sabíamos que a canção foi uma catapulta pro White Aegyo chegar com tudo em 2016. Tá certo que desde 2015 o puritanismo está em voga, mas esse ano, especialmente a partir de Março, não dá mais pra aguentar. CLC, DIA, Oh My Girl, e olha que APink nem fez comeback ainda. 

Após essa cachoeira de purpurina, At The Same Place perdeu muita força, mas é inegável sua qualidade, pois com parcimônia e uma boa produção, esse conceito funciona sim. O problema é a saturação.

Jinyoung, do B1A4 é o produtor (o cara também tá por trás da ótima One Step Two Step, do Oh My Girl), e certamente está mais eficiente nessa função do que no seu grupo em si.

Até Junho, é a segunda melhor do gênero, atrás de uma que verão mais pela frente.


27. EXID - Cream


A sociedade tem esse preconceito com Exid após as intermináveis reciclagens de Up&Down (o que é absurdo visto que Apink e Sistar ficaram anos no copy/paste), mas LIE foi uma quebra nessa continuidade de mesmices. A title track é legal e conta com metáforas bem inteligentes, mas musicalmente, Street tem B-sides muito mais interessantes.

Cream é uma delas. Iniciando como um midtempo casual, passando pelo princípio acelerado com Junghwa até chegar no refrão viciantíssimo com a icônica letra "Boy you're like cream...you ruin my body...". Qualquer vergonha alheia gerada pelos versos que pudesse comprometer a faixa, logo é esquecida com o tropical drop que vem na sequência. Merecia um MV. Ao menos um Live.

26. Galaxy - Ladies' Code

Como eu fiquei feliz com a volta das meninas. Dois anos após as trágicas mortes EunB e RiSe, esse comeback era algo bem arriscado. Primeiro que Ladies' nunca fez muito sucesso, mas pela conjuntura da coisa toda, elas certamente teriam alguma atenção nesse retorno, muito por korebas hipócritas pirando pra julgá-las em caso de alguma melodia uptempo agitada, ou algum MV colorido e feliz.

Felizmente, elas conseguiram se manter no nível de respeito esperado, mas sem entregar um downtempo xarope e recatado por medo dos juizes da internet. Galaxy é melancólica, mas não monótona, o que é obviamente contribuído pelos belos vocais das integrantes, e o MV é sóbrio, quase monocromático, ainda assim criativo nas homenagens e com um visual quase futurista pra alimentar mais as teorias conspiratórias que o povo tanto enxerga em seus clipes.

25. Jessica - Fly


Eu gosto um tantão da Jessica e tinha uma enorme expectativa em seu solo debut. Talvez esse fanatismo tenha feito eu exagerar nas congratulações, mas apesar de admitir que a faixa perdeu influência em mim com o tempo, ainda assim é uma das tracks que mais escutei - e ainda o faço - no ano. Com o tempo eu apenas comecei a reconhecer algumas falhas e partes que poderiam ser melhores, como o rap babaca sem sentido algum (por que diabos o cara fez referência a Stephen Curry e aos Warriors? Parece a gente quando fica viciado em algo e quer incluir alguma referência sobre em tudo que nos metemos, mas não numa música de K-pop dessa importância. Pelo amor).

De qualquer forma, é uma melodia agradável e que se encaixa muito bem no timbre da Ice Queen. Um tapão na cara dos invejosos que a denegriam e diziam viver nas costas da Teieão.

24. AOA - Good Luck


Quis o destino que após erigir vertiginosamente no K-pop, em 2014, após dois anos que um quase ostracismo, as Angels tivessem sua primeira crise de popularidade justamente após abandonar as farofas do Brave Brothers. Lamentavelmente, a frenética sucessão de polêmicas se sobrepuseram à música, que é ótima.

Talvez não tenha o replay power de um Like a Cat e Heart Attack, dois singles típicos do BB, viciantes e extremamente grudentos, mas assim como EXID, mostra um lado um pouco mais versátil das garotas, algo sempre criticado na indústria. As roupas curtas e apertadas ficaram, e o Baywatch Concept com certeza é um dos mais icônicos do ano.

23. Baek A Yeon - So So


A garota da geladeira do JYP, o que é melhor que ser high profile na maioria das outras empresas, diga-se. Colocar a Baek aqui pode soar meio hipócrita, visto que tanto critiquei as tendências purinhas e melosas tão presentes ultimamente, mas eu também disse que se bem executado, o conceito funciona sim. E heis o caso.

Baek se assemelha muito a Lee Hi, tanto por terem saído de competições de canto quanto pela voz harmônica e suave, mas ainda não me animei com nada de Lee como com o tom harmônico e suave atingido por Baek aqui.

So So é um midtempo quase acústico com muita constância rítmica em toda sua duração. A letra amorosa é do tipo mais comum, mas simplesmente se adapta ao estilo vocal da Baek. Gostei mesmo pela sutileza e carinho que transmite. Que Kawaii, não?!

22. Lovelyz - Destiny


Até dia 24 de Abril de 2016, eu gostava de uma música de Lovelyz - Hi, e vocês não têm ideia de como eu odeio aquele açúcar musical que é Candy Jelly Love -, aí então saiu Destiny e agora eu curto duas.

Destiny saiu no mesmo dia de Twice, o que fez com que meio mundo, inclusive esse que vos escreve, a ignorasse e fosse conferir o Shy Shy Shy. Um grande arrependimento meu, aliás, é ter feito post de Twice e negligenciado Lovelyz, mas eu preciso de views, fazer o quê?!

A faixa mantém o espírito do grupo até aqui, com o uso de sintetizadores, principalmente no que tange a ótima intro, mas apresenta uma dramaticidade até então inédita em sua discografia, uma mudança muito bem-vinda. O módico MV camufla seu orçamento com um simbolismo elegante e estiloso com as várias esferas em tela, o que funciona melhor que seus vídeos anteriores e rosados. Uma pena que tenha flopado homericamente. Não seria surpresa se no próximo comeback elas voltassem a seu terreno seguro.


21. Brave Girls - Don't Meet

Que música é essa que eu não conheço? Você deve estar se perguntando. Brave Girls faz um dos anos mais sólidos e consistentes entre boys e girls, o que parece mentira por ser um grupo do tio Brave Brothers.

Deepened foi - e é - o melhor PBR&B de 2016, enquanto High Heels foi o BB tradicional, com uma sonoridade total capopiana de AOA 2014, como já descrito no post solo do single. 

Mas se o title track foi ignorado, o que esperar de uma faixa qualquer incluída timidamente no meio do álbum?! Vocês, pessoas que não ouvem os discos, não sabem o que perdem. Don't Meet é só um exemplo. 

Mas o que exatamente a faz ser tão boa? A simplicidade e os velhos vocais, algo insólito na cada vez mais aprimora estética do gênero. O instrumental é composto basicamente de toques repetidos de bateria e violão, mas a vocalidade e a harmonia entre os versos, com transições orgânicas entre os crescendos e decrescendos, tornam essa uma faixa ímpar e tão singela que fica difícil ser eloquente do porquê me chamou tanta atenção. Mas o fez.

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E aí, curtiu a lista? Agora que você já viu o ranking, pode voltar e ler o que escrevi sobre (sim, eu sei que muitos de vocês só olharam as posições em busca de suas favs ou novidades). Lembrando que é o post é de cunho pessoal, não se irritem caso ache alguma posição muito baixa ou sinta alguma omissão. Neste último caso, não se esqueçam, há ainda mais dois posts para que suas esperanças possam ser sanadas.

Aguardem!

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